quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Ao cuidar do bebê, pai cria vínculo mais forte com o filho e a parceira


A mãe carrega o bebê por nove meses. Experimenta as sensações típicas de cada fase da gestação e, mais do que isso, a partir dos seis ou sete meses, percebe o filho se movimentando dentro da sua barriga, durante a maior parte do dia.

Nesse processo, os pais são espectadores, já que não passam por transformações físicas. Muitos só estabelecem uma relação com o filho após o nascimento.

"A chegada de um filho pode assustar alguns homens, que ficam tão preocupados com o futuro do bebê e com a responsabilidade assumida, que não conseguem relaxar o suficiente para curtir a criança.

Muitos precisam de um tempo para elaborar e se reconhecer nesse novo papel", afirma a psicóloga e pedagoga Elisabeth Monteiro, autora do livro "A Culpa É da Mãe" (Summus Editorial).

No últimos anos, esse cenário vem mudando significativamente graças a muitos homens que têm procurado se envolver tanto com a gestação da companheira quanto com os cuidados com o filho, desde seus primeiros meses de vida.

"Quando o pai se dispõe a acompanhar as consultas do pré-natal, ele começa a assimilar mais cedo a chegada do novo membro à família e o vínculo com o bebê começa a se formar", afirma a pedagoga Luciana Belliboni, apresentadora do programa "Doces Momentos", do canal pago Discovery Home & Health.

Uma forcinha da mãe

Nem todos os pais têm tanta iniciativa e, para envolver o parceiro, desde o início da gestação, a postura da mãe também é importante. Ela vai estimulá-lo a se fazer cada vez mais presente quanto mais puder transmitir ao companheiro a ideia de que ele é necessário e importante no processo.

"Quando o bebê nasce, ele exige muito mais da mãe. Então, é normal que o pai se sinta um pouco inseguro e enciumado e com isso se afaste", diz a psicóloga Ana Merzel, coordenadora do serviço de psicologia do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.

A partir do nascimento, as responsabilidades aumentam e a melhor coisa que a mãe pode fazer é contar com o apoio do pai. Não apenas para aliviar o seu cansaço, mas para reforçar, desde cedo, o vínculo entre o companheiro e o bebê.

"Quando os pais dividem as tarefas, a mãe fica mais calma e, em consequência, o bebê também cresce mais tranquilo. Nessas condições, a ligação entre o pai e a criança também se aprofunda", afirma a psicóloga Elizabeth Monteiro.

Fonte:UOL

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